segunda-feira, 12 de abril de 2010

Cath

Ontem no ônibus, voltando da ECA, eu deixei meu ipod no modo shuffle songs como eu sempre faço. Tocou Death Cab, Cath. A última vez que eu me lembrava ter ouvido essa música foi na minha viagem para a California há um tempo atrás. Eu estava nervosíssimo - como é típico da minha usual desatenção, eu esqueci documentos e a imigração me causou o maior problema. Enfim, estava na ponte aérea Miami-LAX quando sentou ao meu lado o cara que eu costumo definir como "o cara mais legal que eu já conheci na minha vida". Como minha aparência era de exausto, ele perguntou se eu estava com dor de cabeça; pro assunto não morrer ali, eu disse que sim (é, bem, eu poderia ter dito a verdade). Então ele, que eu nem sabia o nome, me ofereceu um remédio, e eu aceitei. Essa é a melhor definição que eu jamais consegui dar sobre mim mesmo: eu aceito balas de estranhos. Eu abro a porta para estranhos. Um tempinho depois da nossa conversa ter terminado, ele dormiu ouvindo o ipod dele - eu que também estava com sono peguei um dos fones e deitei para tentar dormir. Estava tocando Cath.

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