quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

...e só. É o que ofereço.

E você entenderia se eu dissesse que preciso de você pra ter minha inspiração? Que sem você eu respiro pesado, eu não saio do chão? E se eu calasse, você entenderia meu silêncio? E se eu gritasse que não tem outro jeito, certo ou errado, que eu já fiz minha escolha? Você ouviria? Se eu enlouquecesse, me perdesse de vez, você voltaria? Eu que tanto me perco – você me procuraria? Se eu dissesse que eu não preciso mais, que já nem lembro tanto, você perceberia minha mentira? Você me seguraria se eu estivesse indo longe demais, lembraria o meu nome e minha alma quando até eu já tivesse me esquecendo? Aliviaria minha dor, me daria o teu bem? E se eu desacreditasse de vez, perdesse toda a vontade, você me levaria pra sua casa e me daria o descanso? Me guiaria no escuro, me deixaria ser parte da sua paz? E se eu fosse só tormento pra acabar com essa paz, você continuaria aqui? E se os dias ficassem longos demais, você redescobriria comigo a poesia? Seria meu abrigo e aceitaria meu colo? Você entenderia tudo isso que eu deixei subentendido se eu te desse um sinal, pequeno, assim como esse? Brindaríamos nossa vida, beberíamos a nós – e só. É o que ofereço.

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